Livro de Kirtan
Śrī Śikṣāṣṭakam
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1
- yoga-pīṭhopari-sthita aṣṭa-sakhī-suveṣṭita
- vṛndāraṇye kadamba-kānane
- rādhā-saha vaṁśī-dhārī viśva-jana-chitta-hārī
- prāṇa mora tā̐hāra charaṇe
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sthita–Situado upari–no yoga-pīṭha–Yoga Pīṭh araṇye–na floresta vṛndā–de Vṛndā [e] suveṣṭita–cercado aṣṭa-sakhī–pelas oito sakhīs kānane–em um arbusto kadamba–de árvores kadamba, saha–com rādhā–Rādhā [está] dhārī–aquele que toca vaṁśī–a flauta, hārī–o ladrão chitta–do coração jana–das almas viśva–de todo o universo. mora–Meu prāṇa–coração [está aos] tā̐hāra–Seus charaṇe–pés.
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Situado no Yoga Pīṭh em Vṛndāvan, com as oito sakhīs em volta Dele, em um arbusto de árvores kadamba, com Rādhā está o flautista, o ladrão do coração de todas as almas do mundo. Meu coração está aos pés Dele.
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2
- sakhī-ājñāmata kari do̐hāra sevana
- pālya-dāsī sadā bhāvi do̐hāra charaṇa
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mata–De acordo ājñā–às ordens sakhī–das sakhīs, kari do̐hāra sevana–eu Os sirvo, [Rādhā e Kṛṣṇa]. pālya-dāsī–Como uma serva mantida [eu] sadā–sempre bhāvi–penso [nos] charaṇa–pés do̐hāra–Deles.
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De acordo com as ordens das sakhīs, sirvo Rādhā e Kṛṣṇa. Como criada mantida, eu sempre penso em Seus pés.
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3
- kabhu kṛpā kari’ mama hasta dhari’
- madhura-vachana bale
- tāmbula la-iyā khāya dui jane
- mālā laya kutūhale
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kabhu–Às vezes kṛpā kari’–Eles misericordiosamente dhari’–seguram mama–minhas hasta–mãos [e] bale–falam madhura–doces vachana–palavras [a mim]. dui hane–Eles la-iyā–aceitam tāmbula–pān, khāya–mastigam [no], [e] kutūhale–avidamente laya–aceitam mālā–guirlandas.
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Às vezes, Eles misericordiosamente seguram minhas mãos e me dizem palavras doces. Eles aceitam pān de mim, o mastigam, e avidamente vestem guirlandas que eu preparei.
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4
- adarśana haya kakhana ki chhale
- nā dekhiyā do̐he hiyā mora jvale
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kakhana–Às vezes adarśana haya–Eles desaparecem [por] ki–algum chhale–estratagema. nā–Não dekhiyā–vendo do̐he–Eles mora–meu hiyā–coração jvale–queima.
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Às vezes, eles desaparecem por algum estratagema. Não os vendo, meu coração queima.
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5
- yekhāne sekhāne thākuka du’ jane
- āmi ta charaṇa-dāsī
- milane ānanda virahe yātanā
- sakala samāna vāsi
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yekhāne sekhāne–Onde quer que du’jane–Eles thākuka–estejam, āmi–eu [sou] ta–certamente dāsī–uma serva charaṇa–aos [Seus] pés. ānanda–O êxtase milane–da união, yātanā–a dor virahe–da separação, vāsi–eu sinto sakala–tudo [como sendo] samāna–o mesmo.
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Onde quer que Eles estejam, sou uma serva a Seus pés. Na alegria da união, na dor da separação—eu permaneço a mesma em todas as circunstâncias.
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6
- rādhā-kṛṣṇa prāṇa mora jīvane maraṇe
- more rākhi’ māri’ sukhe thākuka du’jane
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rādhā–Rādhā [e] kṛṣṇa–Kṛṣṇa [são] mora–meu prāṇa–coração jīvane–na vida [e] maraṇe–na morte. rākhi’–Eles podem manter more–me [ou] māri’–matar [me, mas deixe] du’jane–Eles thākuka–serem sukhe–felizes.
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Rādhā e Kṛṣṇa são o meu coração, na vida e na morte. Eles podem me manter ou me matar, mas deixe-Os serem felizes.
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7
- bhakati-vinoda āna nāhi jāne
- paḍi’ nija sakhī-pāya
- rādhikāra gaṇe thākiyā satata
- yugala-charaṇa chāya
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bhakati-vinoda–Bhakti Vinod jāne nāhi–não conhece āna–ninguém mais. paḍi’–Se curvando pāya–aos pés nija–de sua sakhī–sakhī thākiyā–ele fica satata–sempre gaṇe–no grupo rādhikāra–de Śrī Rādhikā [e] chāya–deseja charaṇa–os pés yugala–do Casal.
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Bhakti Vinod não conhece mais ninguém. Inclinando-se aos pés da sakhī que ele segue, ele permanece sempre no grupo de Śrī Rādhikā e deseja os pés do Casal Divino.